Gastronomia

Sem Medida: Saladas clássicas em versões que valem como uma refeição

O verão já está batendo à nossa porta — credo, que delícia! Adoro calor e todas as possibilidades felizes que os dias de sol trazem. Dedinhos livres, roupas leves, bons drinques, piscina, mar, cachoeira…

Para comer, uma infinidade de pratos leves, frios e refrescantes. Nem por isso menos saborosos. Para estes dias quentes, minhas favoritas sempre serão as saladas. Elas permitem quase todo tipo de combinação, dando conta de uma refeição completa.
Não por acaso temos na história ícones da cozinha fria, que são famosos em todo o mundo. É certo que você já ouviu falar da superpop salada caesar, a francesa niçoise ou mesmo do brasileiríssimo salpicão. Se não, é hoje o dia.

Salada Caesar
Foi durante a Lei Seca dos anos 20, na filial mexicana do restaurante de Caesar Cardinni, em Tijuana que nasceu a salada caesar. Na tentativa de driblar a lei, o restauranteus californiano abriu no México uma segunda casa que logo se tornou point de celebridades de hollywoodianas, que cruzavam a fronteira em seus Cadillacs para comer e beber.

Numa dessas noites de casa cheia, não havia mais nada além de alface na despensa. Foi quando ele criou a receita com alface americana, cubos de pão tostados, queijo parmesão e um cremoso molho à base de gemas, que pode ou não levar anchovas. O prato delicado e simples ganhou fama e conquistou fãs como Julia Child e Clark Gable. Ir em busca de uma Caesar tornou-se o programa preferido dos famosos da época.

Mais tarde, o prato ganharia toda sorte de acompanhamentos, mas o segredo do sucesso sempre será o molho.

Ingredientes:
Alface fresca e bem crocante
7 colheres (sopa) de azeite de oliva
1 dente de alho descascado
1 ovo caipira grande
1 colher (sopa) de suco de limão
2 colheres (sopa) de molho inglês
Pimenta-do-reino moída na hora
2 fatias grossas de pão branco sem casca
25 g de parmesão ralado

Modo de preparo:
Em uma frigideira coloque 6 colheres (sopa) de azeite e o alho. Leve ao fogo rapidamente, a ideia é aromatizar o óleo com o perfume do alho e não fritar. Reserve. Em outra panela com água fria, coloque ovo e leve ao fogo e quando levantar fervura conte 1 minuto. Retire e lave em água fria para interromper o cozimento. Em um processador ou liquidificador, bata o ovo descascado com o alho, o azeite, o limão, o molho inglês, o parmesão e pimenta até virar um creme. Frite o pão cortado em cubinhos com mais um pouco de azeite e reserve. Monte a salada com as folhas regadas com o molho cremoso e finalize com os cubinhos de pão e lascas de parmesão.

Salada Niçoise
Como o nome indica, a salada Niçoise, nada mais é que uma salada à moda de Nice, cidade linda localizada no sul da França. A receita original do século XIX era bem simples, feita apenas de tomates, anchovas e azeite. Nada de atum e vegetais cozidos. Para desgostos dos puristas com o tempo o prato foi ganhando outros componentes do Mediterrâneo, como ovos cozidos e atum em conserva, e vegetais, como pepino, alcachofras roxas, pimentões verdes, favas e azeitonas pretas. A minha versão é para fazer da salada um prato principal: atum selado, ovos cozidos e alface. Tudo regado com um bom vinagrete Dijon.
Receita aqui: Salada Niçoise

Salpicão de frango
Não tenho informações precisas da origem do Salpicão. Certo que o nome é uma variante do verbo salpicar. Em Portugal, salpicão é um tipo de linguiça de porco com vinho tinto. Já na Espanha, é aplicado a um prato de carnes feito com carnes picadas e temperos e servido frio. Ou seja, bem parecido com o nosso e provavelmente de onde partimos. Mas aqui é basicamente uma receita de aproveitamento, tradicionalmente no pós-festas de fim de ano. Onde usamos sobras de carnes assadas de frango, tender ou peru combinadas a frutas e legumes, tudo unido por maionese temperada.

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