Qual o segredo para manter cabelos longos e bem cuidados? O Vogue team – a diretora de redação Paula Merlo, a produtora de contéudo Paula Mello, a estagiária de beleza Sofia Ferreira e a revisora Veridiana Cunha – entregou todos os seus truques e cuidados com seus fios (super) compridos.
Paula Merlo, diretora de redação
Vira e mexe sinto uma vontade enorme de cortar meu cabelo curtinho. Salvo mil imagens de referência, mas na hora H, não chego perto da tesoura. Não uso meu cabelão para me esconder. Muitas vezes ele está preso, num coque gigante ou num rabão alto. Gosto dessa versatilidade, de poder prender, soltar, balançar. Meu cabelão poderia ser melhor tratado, confesso. Mas faço questão de ter um cronograma de lavagem, alternar xampus fortificantes, regeneradores e hidratantes, uso leave-in todo santo dia e tento ao máximo não escová-lo no salão. Gosto de volume.
Sofia Ferreira, estagiária de beleza
Cuidar do cabelo sempre foi um passatempo para mim, já que desde muito nova sou fã de uma boa escova após cada lavagem dos fios. Hoje, além do secador, também amo abusar do babyliss no dia a dia, e para não ter pontas duplas e ressecadas, mesmo com os fios naturais, preciso de muita hidratação – e um corte religiosamente a cada três meses. No banho gosto de fazer um rodízio de produtos, mas sempre lavo duas vezes com shampoo, primeiro com uma fórmula transparente para limpeza mais profunda e depois uma mais perolada e hidratante, seguido pelo condicionador, que sempre opto pelos com consistência bem densa. Procuro não lavar os fios todos os dias, já que minha raiz não é muito oleosa, o ideal para mim é dia sim, dia não. Meus preferidos do momento são as linhas Miracle, da Truss, e Invigo, da Wella.
Faço hidratações sempre que possível, pelo menos duas vezes na semana – meu momento preferido para isso é antes da academia, assim protejo os fios do suor enquanto a fórmula age, ou durante a noite para uma hidratação mais power. Estou amando a duplinha SSoro + Água de Coco, ambos do Laces, que não pesam os fios mas deixam o cabelo muito sedoso. Outro superaliado da busca por pontas saudáveis são os antitérmicos: uso o em creme Hair Protector Leave-In, da Truss, antes da escova e o Phyto 7, da Phyto Paris, que tem secagem super-rápida para antes do babyliss. Também aplico óleo no comprimento dos fios todo dia antes de dormir e sempre que finalizo meus cachos, gosto do Dark Oil, da Sebastian, acredito que é a fórmula ideal para minhas pontas acordarem mais domadas, sem frizz e com muito brilho no dia seguinte!
Paula Mello, produtora de conteúdo
As duas perguntas mais frequentes sobre o meu cabelo, que passa dos 60 centímetros de comprimento, são: “é aplique?” e “como você consegue manter tão comprido mesmo clareando?” Respondendo a primeira: não tenho extensões. A segunda vou explicar melhor aqui. Meu cabelo sempre cresceu rápido e, por ser alta, gosto dele bem comprido. Mas confesso que manter os fios longos e com mechas não é uma tarefa tão simples.
O primeiro segredo é dar uma atenção especial às madeixas com produtos específicos para a sua necessidade. Eu tenho os meus must-have na prateleira: a proteína SD-HD, da N.P.P.E. Hair Care, e a do Spa Déia e Renata. Gosto porque posso usar em momentos do dia a dia: por exemplo, passo uma boa quantia quando vou à academia, deixo agindo durante o exercício e lavo depois – realmente fica muito mais hidratado.
Outro produto que faz parte da minha rotina é o leave-in, de preferência com proteção térmica, caso eu use secador ou outra ferramenta: gosto bastante do Kerashape Color, da Goldwell, que também protege contra os raios UV, e o All Soft Mega, da Redken. O primeiro é em spray e deixa o cabelo mais leve e soltinho; o segundo dá um boost de hidratação – gosto da linha completa, aliás.
O óleo da linha Oil Reflections, da Wella, é o meu queridinho – levo até na bolsa, no dia a dia. Geralmente, uso nos fios secos, mas também pode ser aplicado no cabelo úmido ou como um tratamento noturno [durma com o cabelo “molhado” de óleo e lave de manhã]. Fiz mechas recentementes e o meu hairstylist, Romeu Felipe, aplicou um outro óleo da marca, o Luxe Oil, até mesmo neste momento. Ele usou no comprimento dos fios e deixou agindo enquanto fazia a raiz. Para finalizar, um bom shampoo, condicionador e máscara são essenciais – aliás, uso máscaras semanalmente, além de visitar o salão para hidratar sempre que sinto um ressecamento mais intenso. No momento, estou amando a linha Fusion, também da Wella, para uma reparação intensa.
Acredito que algumas outras ações na minha rotina ajudam a manter o comprimento. Costumo cortar, no máximo, duas vezes ao ano – o que não é o ideal, mas minhas pontas realmente não ficam tão ressecadas por eu cuidar tanto. Também não lavo todos os dias: lavo em dias intercalados ou a cada dois dias. Evito usar o secador e espaço bem o tempo das luzes, de 6 a 8 meses, o que permite que o cabelo natural cresça. E, muito importante, toda vez que retoco as luzes faço o teste de mecha para ver se o cabelo aguenta receber a química. Se seus fios estiverem frágeis, podem correr o risco de ter corte químico ou outros problemas.
Veridiana Cunha, revisora
A vida inteira (desde criança) tive cabelo curtinho. Joãozinho na infância, na adolescência. Fui a jornalista típica na faculdade com o cabelo à la Sandra Annenberg. Depois enjoei e resolvi que queria uma cabeleira longa. Nunca soube lidar muito com o fato de meu cabelo estar sempre no meio do caminho entre o enrolado e o liso, então quanto maior ficava, mais achava eu que ele se “assentava”. E fui deixando. Confesso que tenho uma facilidade (ou uma genética ou uma alimentação ou um azar, no meu caso) no crescimento dos fios. Digo alimentação porque percebo que depois que virei vegana (há dois anos), ele cresce uns dois centímetros por mês, sem brincadeira. Não sei se é o brócolis diário, a quantidade de frutas que como, o arsenal de castanhas e grãos. Mas sei que com o veganismo e uma vida mais natureba, os fios simplesmente deslancharam. Inclusive, o crescimento dos pelos está relacionado ao alto consumo de vitaminas do complexo B. Os vegetais são fontes dessa vitamina, principalmente, B2, iboflavina, encontradas nos verdes escuros.
Lavo os cabelos dia sim, dia não, e nem é muito pela oleosidade ou sujeira, é mais por hábito! Estou sempre em busca daqueles produtos que não testam em animais e que sejam cheirosos. Gosto muito da linha Super Skinny da Paul Mitchell, porque acho que essa marca, há anos na luta contra os testes, é um diferencial e junta bem esses dois quesitos: a preocupação com os animais e o cheirinho sempre gostoso. Também uso da mesma marca a linha Neon Sugar, quando quero deixar os fios secarem sem secador nem nada.
A parte ruim de ter um cabelo que cresce desenfreadamente é a raiz! Há tempos já não tenho mais os fios naturais e tenho muitos fios brancos desde a adolescência. Como não gosto deles, tinjo os cabelos a cada 15 dias (olha como crescem), antes pintava com tintas normais de farmácia. Mas depois do veganismo, a melhor coisa que eu descobri até agora foram as tintas totalmente naturais da Keune. Da linha So Pure Natural Balance, sem cera de abelha, seda e nenhum ingrediente animal, ela é livre de amônia e parabenos também! Acho que a cor dura um tempo bom e não desbota.
Não vou deixar de dizer que todos os dias acordo e penso: “será que devo cortar um pouco o cabelo”, “nossa, esse cabelão não está me dando mais trabalho?”. Sem falar nas pessoas que sempre dizem: “tá cabeluda, não vai cortar nunca mais?”. Mas daí faço um rabo, uma trança e logo já estou eu balançando eles por aí e contrariando aqueles que dizem que o curto é mais prático. Posso dizer que já fui dos dois lados e que, pelo menos pra mim, o longo ainda será a minha escolha por um bom tempo.