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Psicodermatoses: saiba como estresse e ansiedade podem desencadear problemas na pele

Além de manter uma rotina de skincare, beber muita água e ter uma alimentação balanceada, existem outros pontos que interferem na saúde da pele. Os fatores emocionais, como estresse e ansiedade, por exemplo, são alguns dos quadros que podem provocar o surgimento e a piora de doenças cutâneas.

“Psicodermatose é como é chamada uma condição que envolve interação entre a mente e a pele”, explica Misael Nascimento, dermatologista do Instituto Nutrindo Ideais. Segundo o médico, esse quadro pode se dividir em três categorias diferentes. “A primeira está relacionada a distúrbios psicofisiológicos. Eles são associados a problemas de pele que não estão diretamente ligados à mente, mas que reagem (em forma de gatilho) a estados emocionais, como psoríase, vitiligo, eczemas, alopecia areata e rosácea, dentre outros”, diz.

“Há também os distúrbios psiquiátricos primários, em que existem condições psiquiátricas que resultam em manifestações cutâneas autoinduzidas, como tricotilomania (arrancar cabelo) e delírios de parasitoses, escoriação neurótica e acne cística”, comenta.

“E, por fim, distúrbios psiquiátricos secundários, que estão associados a distúrbios desfigurantes da pele. A desfiguração resulta em problemas psicológicos, como diminuição da auto-estima, depressão ou fobia social”, complementa Misael.

Existem vários motivos pelos quais esses tipos de problemas podem aparecer ou se intensificar. “Alguns hormônios, como o cortisol, são liberados durante o período de estresse e podem interferir em quadros dermatológicos. Além disso, quando estamos estressados, ocorre uma vasodilatação que pode piorar quadros de rosácea, por exemplo, e também aumento da secreção sebácea, que pode piorar a dermatite seborreica e a acne”, informa Luiza Archer, médica com ênfase em dermatologia natural.

As doenças de pele provocadas por fatores emocionais podem ter várias formas de apresentação. O ideal é passar por uma avaliação médica que identifique a melhor forma de tratamento.

“É fundamental cuidar da saúde mental para sustentar a melhora do quadro, com acompanhamento psicológico, psiquiátrico se for o caso, exercícios físicos que favorecem muito o bem estar emocional, assim como hobbies e lazer. Nesses casos, o tratamento dermatológico pode atuar apenas de forma mais sintomática”, finaliza Luiza.

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