Foi numa madrugada de Natal, quando festejava com amigos e se preparava para começar sua carreira como modelo, que Bárbara Paz sofreu um grave acidente de carro, que deixou muitas marcas na sua trajetória – físicas e emocionais.
“Deixei minhas amigas, duas irmãs, gêmeas idênticas, com os olhos abertos, arregalados, imóveis nas poltronas brancas de couro 1982 (…). E ali, com aquele vestido branco ensanguentado de dor, ajoelhada e fria, chorava a morte das minhas perdas”, escreveu ela, na emocionante carta que foi o ponto de partida para o filme produzido por Vogue em parceria com a Natura, que lançou neste mês a campanha #vivomeucorpo e tem incentivado as mulheres a se empoderarem de suas histórias.
400 pontos e 26 anos depois, Bárbara, por exemplo, nem lembra mais como era antes da marca. Aprendeu também a tirar folga de si mesma, emprestando o corpo para outras personagens, vivendo na pele de outras mulheres, Renatas, Ediths, Nelitas.
Fez as pazes consigo mesma, com sua imagem refletida no espelho. “O tempo me fez melhor. Meu corpo é minha história. Hoje, olho para mim e sei onde estou.”