Paulo Borges, fundador e diretor criativo do SPFW, se pronunciou na noite de hoje a respeito da morte do modelo Tales Cotta dizendo não haver manual sobre como reagir a uma tragédia como a que aconteceu no último sábado (27). O responsável pelo maior evento de moda no Brasil respondeu às críticas pela forma como o evento continuou após o incidente.
“Vivemos algo inimaginável. Não existe manual para lidar com uma situação tão trágica como essa. Primeiro, no momento em que teve mal súbito e foi prontamente atendido pela equipe de socorristas e encaminhado ao hospital, ninguém contava com a tragédia. Todos estavam ali realizando sonhos de trabalho de meses. O desfile aconteceu porque o incidente, até então não fatal, já estava atendido”, disse Borges em um vídeo publicado no Instagram.
“O óbito ocorreu às 18h40 e, às 18h50, fomos informados. Mas os desfiles [da Oksa e Flávia Aranha] já haviam acontecido. Nesse momento, em que formos informados, entendi que todos presentes deveriam ser comunicados. Estou na moda por causa das pessoas, não pelas roupas”, continuou.
Ele explicou que todos os envolvidos nos desfiles estavam ali para realizar um sonho de trabalho, e isso foi levado em consideração na tomada de decisão.
“Não tem como achar a melhor solução, existe a solução possível. Todos ali, humanos, humanizados, impactados, assim como eu. Se existisse alguém que pudesse parar tudo seria eu mesmo. Fiz da maneira que fiz porque sou humano como todos, impactado com toda a emoção e com tudo o que decorria disso”.
Borges contou ainda que durante todo o momento manteve contato com Heloisa Cotta, mãe do modelo, a quem também expressou sua solidariedade. “Quero aqui deixar meus sentimentos, a dor, a tristeza, o respeito e dizer que meu pensamento sempre está ligado nas pessoas, no que são, no que significam e no futuro”.