Autora dos três gols na vitória do Brasil contra a Jamaica na estreia da seleção brasileira na Copa do Mundo Feminina neste domingo, 9, a atacante Cristiane se mantém com os pés no chão.

Em entrevista ao projeto DAZN/Goal.com, uma parceria com a ONG global Plan International, que apoia o empoderamento feminino via esportes, a atleta contou como encara o momento atual do futebol feminino. “Sempre que acontece algo grande eu mantenho os pés no chão porque não sei se vai ter continuidade. O que estamos vivendo hoje não se compara com outros momentos, é uma visibilidade maior”, admite. “Eu ainda estou com o pé atrás aqui e torcendo para que eu queime a minha língua, que o negócio continue, a minha expectativa é essa, mas já vivi situações desse ‘oba oba’, principalmente quando ganhamos medalha olímpica”, lembra.

Esperança de gol do Brasil, Bia Zaneratto entortou muito moleque antes de brilhar na Coreia do Sul
Seu sonho, ela conta, é ver a modalidade se profissionalizar cada vez mais. “Em todos os lugares, as meninas terem garantia de emprego, o ano todo. A gente consegue ver países que não têm as medalhas que nós temos, mas que desenvolveu. Meu sonho dentro da modalidade é exatamente esse, que as meninas possam sobreviver do futebol”, afirma.

Quando deixar os campos, ela quer ter a certeza que seu trabalho influenciou positivamente outras garotas que sonham em viver do esporte. “Eu espero que tenha deixado alguma coisa boa para as meninas, seja de seleção, seja pessoal, seja dando conselho. A modalidade não pode parar, eu espero que as meninas que estejam à frente na hora que eu sair, tenham voz ativa para brigar pela modalidade coletivamente, porque quando se tem todo mundo dá uma diferença muita grande”.