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Gravidez X vitamina D: entenda a relação

Todo mundo sabe que a vitamina D está relacionada à saúde dos ossos, mas a importância dela vai muito além. Uma nova linha de estudos traz a conexão entre a carência da vitamina D e a dificuldade em engravidar, como é o caso de um estudo publicado em julho deste ano na revista científica Lancet Diabetes Endocrinology. Nele, os pesquisadores do National Institute of Health, dos Estados Unidos, evidenciaram que mulheres com quantidades insuficientes de Vitamina D não só apresentam o problema como maior risco de aborto espontâneo. “Os resultados desta pesquisa corroboram com trabalhos anteriores que relacionaram os benefícios de níveis elevados de vitamina D em mulheres que se submeteram à fertilização in vitro”, analisa Marcio Coslovsky, membro da Sociedade Brasileira de Reprodução Assistida (SBRA) e da Sociedade Europeia de Reprodução Humana e Embriologia (ESHRE).

Segundo o médico especialista em reprodução humana, o trabalho faz todo o sentido numa época em que as mulheres estão deixando para ter filhos mais tarde. “Por isso, ao planejar a gravidez, é recomendável fazer a dosagem da vitamina D. Se as taxas derem normais, ótimo. Se o resultado for baixo – o que tem sido bem comum hoje em dia, porque as pessoas estão evitando pegar sol e comer derivados do leite e lactose –, deve ser feita uma complementação”. Ele acrescenta: “Existem receptores da vitamina D no útero e nos ovários. Se a mulher apresenta nível normal da substância, essas estruturas tendem a funcionar melhor. Quando o nível está abaixo do que deveria, há uma maior dificuldade tanto para a gravidez espontânea como por fertilização e um risco maior de perda entre o segundo e terceiro mês de gestação”.

Vale destacar que a vitamina D é, na verdade, um hormônio produzido na pele a partir da exposição ao sol. “Ela fica armazenada no fígado e outros tecidos para ser utilizada quando necessária”, explica Victória Borba, diretora do Departamento de Metabolismo Ósseo e Mineral da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia (SBEM). Além de ser essencial para o organismo absorver o cálcio e outros minerais, é importante, segundo a médica, na manutenção dos músculos, na prevenção de diabetes tipo 1, de doenças autoimunes (psoríase, Síndrome do Intestino Irritável) e alguns tipos de câncer (de mama, intestinal, hematológico e próstata). Fique atenta!

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