Gastronomia

Como preparar alcachofra com muito sabor

A chef Aline Chermoula compartilha a história da alcachofra, considerada a flor do Saara, e um preparo prático e rápido da planta

Você sabia da origem africana da alcachofra? A alcachofra é uma planta medicinal, também conhecida como Alcachofra-hortense ou Alcachofra comum, muito utilizada para emagrecer ou para complementar tratamentos, já que é capaz de baixar o colesterol, combater a anemia, regular os níveis de açúcar no sangue e combater os gases, por exemplo.

São procedentes da região do Magrebe, na África. A alcachofra é um parente muito próximo do cardo comum, do qual procede, tendo sido aprimorado para consumo humano por muitos anos de cultivo. Existem indícios da planta em estado natural na Tunísia. Os antigos egípcios a conheciam, assim como os gregos, que introduziram o cultivo na Sicília e na Magna Grécia.

Ingrediente marcante na culinária mediterrânea, há registros de que a alcachofra tenha sido comercializada primeiramente na Itália, em meados de 1466. Na Europa do século XVII, ela era considerada um ingrediente de luxo e acreditava-se que a flor exótica também possuía efeitos afrodisíacos.

No Brasil, mais de 90% do cultivo de alcachofra são produzidos nos municípios paulistas de Piedade e São Roque. Já o miolo, tem diversas preparações: você pode comê-lo frio por exemplo: rale um tomate cru e gelado sobre o miolo e salpique folhas de manjericão.

Se você nunca comeu uma alcachofra, pode ficar sem saber o que fazer ao se deparar com a preparação ou consumo de uma. O procedimento não é intuitivo – não é para enfiar as folhas na boca e mastigar, pois as fibras duras e as pontas afiadas das folhas irão causar problemas em seu sistema digestivo inteiro. Mas quando feita do modo correto, a alcachofra pode ser uma adição deliciosa, saudável e incomum a qualquer refeição. Coma o coração. O coração da alcachofra é a parte mais nobre e muitas vezes a única parte que os chefs usam em suas receitas. Em casa, porém, você pode saborear toda a alcachofra.

A alcachofra aparece também na mitologia grega, tendo sido supostamente originada dos cabelos acinzentados de Cynara, uma bela jovem que recusará o amor de Zeus. Como castigo, o Deus do Olimpo castigou a moça, transformando-a em uma planta selvagem e espinhosa. Daí a origem de seu nome científico da flor, Cynara Scolymus. Após aprender um pouco mais sobre a história da alcachofra, por que não saboreá-la. Confira quatro receitas apetitosas que levam a iguaria em seus ingredientes.

Como cozinhar uma alcachofra saborosa

Ingredientes

4 alcachofras
2 colheres (sopa) de manteiga
2 colheres (chá) de vinagre de vinho branco
Sal a gosto
Modo de preparo

Corte o talo da alcachofra (se vier com o caule). Acomode as alcachofras de ponta-cabeça na panela de pressão, ou seja, com as pétalas voltadas para baixo.
Cubra com água, respeitando o limite indicado na panela de pressão. Tampe e leve para cozinhar no fogão em fogo alto. Quando começar a apitar, diminua para fogo baixo e conte 10 minutos.
Enquanto isso prepare o molho: derreta a manteiga no micro-ondas, misture duas colheres (sopa) de água e o vinagre de vinho branco. Tempere com uma pitada de sal e misture bem.
Passado o tempo, desligue o baixo, espere sair a pressão e, com cuidado, abra a tampa. Retire as alcachofras da panela e sirva com o molho.
Dica de como comer

Destaque uma pétala e, segurando na pontinha, mergulhe a base da pétala no molho. Para comer, raspe com dentes a polpa da base. Repita com todas as pétalas, até que fiquem muito fininhas e você possa ver uma parte que parece uns fios. Com uma colher, raspe o “cabelo” da alcachofra e descarte. Entre a base e os fios que aparecem depois de retiradas todas as pétalas, está o cobiçado coração da alcachofra. Com uma faca, corte e descarte a parte mais dura da base. Devore o coração!

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