O mercado de roupas que foge da grade tradicional não é muito explorado nem por grandes marcas ou por estilistas independentes. E uma justificativa foi cultivada ao longo do tempo: a de que esses tamanhos não vendem ou são tão trabalhosos de serem incluídos que atrapalham os custos da produção. Nessa semana, Christian Siriano deu uma entrevista que questiona essa teoria.
“Adicionar tamanho maiores à minha linha triplicou meu negócio. Por que você não faria isso? Nós não queremos triplicar nossos negócios? Não pensamos que essas mulheres deveriam usar nossas roupas? Não queremos que essas mulheres tenham coisas bonitas porque tememos que elas não sejam bonitas? O que está acontecendo?”, indagou em conversa com o diretor executivo do Council of Fashion Designers of America, Fern Mallis, durante um painel de discussão no instituto 92nd Street Y.
Isso, no entanto, não impede que ele reconheça que é preciso fazer diversas adaptações para tornar sua marca inclusiva — mas vale notar que ele não cobra mais por tamanhos diferentes, por exemplo. Hoje, sua marca é 50% composta pelo mercado plus size, e isso está transformando a indústria também.
“Fizemos com que o Moda Operandi mudasse todo o seu website para incluir nossos tamanhos”, contou. “Saber que temos uma participação nisso é incrível, mas ainda é louco pra mim que isso não é a norma.” O estilista, que foi um dos ganhadores do reality show Project Runway, é atualmente queridinho do tapete vermelho, vestindo de atrizes como Lesley Jones, Chrissy Metz e Danielle Brooks, que já declararam terem sofrido para encontrar alguma marca interessada em vesti-las.
Seus esforços para ser inclusivo separam Siriano de outros estilistas, e sua missão, além de ser lucrativa para sua própria marca, mostra seu compromisso com uma noção mais abrangente de moda.